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23 de jul. de 2023

O Atalaia

A luz do texto do profeta Ezequiel 33.1-6, destaco aqui alguns aspectos importantes da mensagem deste profeta.

A palavra designada a definir "o atalaia", denota que a função especial é "estar em posição de alertar o povo", e ou, "aquele que vigia"

Conforme lemos no texto, o atalaia mencionado por Ezequiel fora colocado pelo próprio povo, "Quando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o povo da terra tomar um homem dos seus termos, e o constituir por seu atalaia".

Tal pessoa mencionada passa a representar uma comunidade inteira que poderá se ocupar em outras funções, atividades e até mesmo descansar. Durante as atividades dos demais, os olhos do atalaia devem permanecer atentos, vigilantes e não podem dormir durante o serviço.

O atalaia em serviço evita tragédias enormes, tal como prevê o texto de Ezequiel. A espada, a guerra ou quaisquer outras situações graves vão ocorrer, porém os desfechos podem ser distintos a partir de uma decisão do atalaia.

Quando o atalaia soa a trombeta ao seu povo, o povo tem o tempo significativo de se preparar, tomar as armas, se esconder se for necessário, fugir, e ou ir à luta em reação aos problemas. Porém, se o atalaia se omitir e não soar as trombetas, a destruição que ocorrer ao povo que o constituiu ficará por sua conta.

Ainda sobre o texto, é possível perceber que o povo que constituiu o atalaia ainda tem um papel importante: o de ouvir e agir. Ezequiel menciona que se o atalaia avisar, e o povo ouvir e ainda sim acontecer alguma morte, o sangue do morto não virá sobre o mensageiro. A mesma situação acontecerá ao que ouviu a trombeta e não quis tomar posição.

Diferentemente quando existe a omissão do atalaia ao não soar a trombeta, os mortos terão seu sangue requeridos àquele que fora designado a tal função representativa.

Enfim, o profeta mostra a nós que a função de atalaia é tão similar a um sensor de presença que instalamos na nossa casa ou empresa, pois tem um propósito de antecipar informações. O sensor acende uma lâmpada num local escuro, ativa um alarme, e assim geram respostas rápidas a quem o instalou.

Sendo assim, cabe a comunidade cristã se manter vigilante, numa posição estrategicamente privilegiada, para então receber as informações espirituais com antecipação. Crer nos atalaias é tão importante como crer nas imagens assistimos das câmeras de segurança que instalamos em nossa casa ou empresa, pois elas mostram uma realidade que devemos antecipar a reação.

Tal como no mundo secular, a vida espiritual carece do povo estabelecer a confiança nos atalaias erguidos por Deus. Estes atalaias tem o dever e obrigação de não se omitirem sob pena de serem responsabilizados por não cumprirem o dever de alertar.

Que Deus tenha misericórdia de nós, pois independentemente do que muitos possam pensar, existem vários níveis de atalaias, grandes e pequenos, conhecidos e desconhecidos e de diversas maneiras e formas  são canais para o despertamento social, antes do dia de caos.

Jonas foi um atalaia e não queria cumprir sua missão. Mas Deus insistiu e o repreendeu até que sua missão fosse cumprida em Nínive. Jonas queria pregar e alertar Társis, mas não era lá o lugar do plano de Deus. Outro momento que se encaixa perfeitamente aqui neste texto, está mencionado em Ageu 1. Ali Deus chamou as autoridades, o governante e o sumo-sacerdote para um alerta sobre as questões do templo. O profeta-atalaia obediente alertou, as autoridades obedeceram e o povo seguiu os propósitos de Deus.

Assim sendo, siga avante e nunca deixe de ser um atalaia de Cristo.

Por Josué Oliveira - Pastor Presidente ICED - 23/07/2023

17 de jun. de 2023

A ANSIEDADE E SEUS EFEITOS

Texto: Mateus 6.31 

"Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?"

Muito se falou sobre "ansiedade" na primeira década dos anos 2000. Ansiedade e depressão andaram de mãos unidas nos discursos pedagógicos, nas ministrações cristãs e foram por muito tempo, difíceis a sua compreensão e tratamento.

Se por um lado, a ansiedade parecia a demonstração plena do desejo de chegar a algum lugar, tal como conquistar, possuir e ou ser feliz, por outra lado ela gerou enormes danos às pessoas que ela vitimou.

À luz da medicina, a depressão tem tratamentos com antidepressivos, que na prática inibem momentaneamente o organismo dos estresses do pensamento, das preocupações e dão uma sensação de alívio e menos tensão. Os receituários de antidepressivos ganharam mais espaço já na segunda década deste século que em qualquer outro período passado. Cada vez mais, os tratamentos de ansiedade vem acompanhados por medicações, e claro, em muitos destes chegam ao tratamento psicológico e psiquiátrico. 

Os distúrbios sempre surgem do quadro que estamos abordando. 

Conforme o texto de Mateus 6, a ansiedade precisa ser combatida desde sempre pelo indivíduo. As ações passam por buscar um equilíbrio de comportamento, das emoções, dos pensamentos ruins e daqueles que aparentemente são bons, mas que geram enormes desgastes ao indivíduo.

A ansiedade é uma forma de preocupação que surge no pensamento, nem sempre com causa específica. O termo deriva do termo "ânsia", do latim "anxia" que significa 'aflição e angústia'. Segundo a Psiquiatria Medicinal, a ansiedade é vista como 'um estado de sensação de receio e de apreensão, geralmente sem causas evidentes, e a estes são agregados fenômenos como taquicardia, sudorese, etc'.

Nos aspectos comuns em que observamos ao longo da caminhada pastoral de quase 20 anos, a ansiedade na maioria dos casos tem origem em diversos aspectos da vida diária, podendo ser apercebida por ausência de crescimento ou sucesso no que diz respeito aos fatos que ocorrem aos seres humanos. Aqui cito: conseguir um emprego, ser feliz no relacionamento e ou com família, ser recompensado por seus feitos profissionais, etc.

Ao olhar o texto citado, é preciso entender que nem sempre será simples combater a ansiedade com métodos medicinais. Muitas vezes existem os aspectos que tomam conta da mente, emoções e de outros sentidos da vida que precisam da medicação espiritual. A oração, a palavra bíblica, o louvor, o jejum e a vigilância são fundamentais para a superação dos quadros de ansiedade. Não há como tratar a carne sem tratar a alma e o espírito, pois são indissociáveis. 

O psicólogo trata dos quadros que afetam as emoções. O psiquiatra trata das questões que envolvem o comportamento. A religião trata dos aspectos que fundamentam as crenças. Todos são importantes para um bom objetivo final que é ver o ser humano bem em todos sentidos da sua plenitude de vida.

Pensar no que comer ou vestir amanhã não é pecado. Pecado é deixar que a ansiedade 'pelo amanhã' gere dentro de si ou externamente alguma avaria, roubando a paz e a comunhão com as pessoas ao seu lado. O pecado que a ansiedade gera é que ela não nos permite aceitar e entender o tempo de Deus para alcançarmos nossos sonhos. Às vezes deparo com pessoas extremamente ansiosas, querendo possuir o amanhã sem ter vivido o dia de hoje, sem ter aprendido com o processo qualificatório e assim seguem por cinco, dez, vinte, quarenta anos da vida.

Jesus citou no texto que estou analisando que Deus cuida tanto das aves quanto dos lírios que nascem no meio dos vales. As aves tem asas e voam, mas os lírios ali nascem e morrem, mas durante toda a vida ambos são bem cuidados por Deus. As aves não vivem ansiosas por um árvore cheia de sementes e que lhe darão abrigo noturno. Os lírios não tem ansiedade por uma brisa suave de manhã ou pela chuva ao entardecer nos dias de verão. Deus zela perfeitamente de tudo e todos, e porque nós meros sofremos?

Ao voltarmos ao Jardim do Éden onde Deus criara tudo para seus fins da eternidade, vemos Adão, Eva e todas as criaturas em perfeito estado de segurança. Deus dava a eles as condições perfeitas para não morrer de ansiedade pelo futuro. Mas foi de certa forma que a ansiedade por algo que não daria certo, que levou Eva e Adão a caírem no pior abismo não imaginado. O jardim deixou de ser o lar seguro para aquela casal e que tiveram dali adiante conviver com os problemas: dores de parto, trabalhar pela subsistência, lutar contra os seres que viviam na terra que poderiam matá-los em algum momento. A vida deles mudaram, saiu do vinho e virou uma água suja, em comparação popular.

Assim, os seres humanos deste século querem trabalhar dia e noite (Salmo 127.2) para possuir alguma coisa e se destroem antes de serem realizados. Muitos abandonam a liturgia de fé, a psicologia da alma e a psiquiatria do comportamento em busca de realizar sonhos, avançam sem modos e métodos, posteriormente voltam sem conquistas, envergonhados e cheios de males para resolver.

Me lembro que há muitos anos atrás quando entrei numa casa lotérica aqui de Leopoldina, encontrei lá um papel pregado na parede com parte de uma frase, e fui pesquisar a sua origem, descobri ter sido dita por Dalai Lama. 'Certa vez, perguntaram a Dalai Lama: “O que mais te surpreende na humanidade?”. E ele respondeu: “Os homens me surpreendem... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde'.

Tal frase expressa a contextualização dos tempos modernos, onde os homens vivem correndo atrás dos bens luxuosos, bens que em boa parte da nossa vida nem são usados e ou nem tem sentido para seus donos. Apenas estão ali. Daí vivem como se já não existisse a esperança no amanhã, no futuro, na misericórdia e na esperança em Deus, e consequentemente vivem a derrocada da saúde.

A ansiedade já havia sido abordada por Salomão entre os anos 1.005 e 975 antes de Cristo em Jerusalém. No escrito de Provérbios 12.25, o rei mais rico da história de Israel afirmou que "A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra". Vejamos que já naquele tempo o rei via em algum momento da sua vida as consequências da ansiedade e de como ela era vista exteriormente.

Quem tem o coração abatido pela ansiedade acaba por expressar ações no comportamento: se torna agressivo nas palavras, se separa das pessoas comuns a ela, tem quadro de culpa ou vitimismo, etc.

Por outro lado, o Apóstolo Pedro a quem Jesus recomendou a missão de apascentar as ovelhas escreveu as suas cartas entre os anos 62 e 64 depois de Cristo. Uma frase citada em "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós", 1 Pedro 5.7. Tal expressão mostra que nem mesmo Pedro estava imune aos quadros de ansiedade. Nos seus dias a perseguição religiosa em torno dos cristãos eram enormes, mesmo que neste tempo o número destes aumentavam rapidamente por todas as partes.

No citado de Pedro, os conselhos apontam que a obra de Deus deveria ser feita sem 'força, nem por ganância...' mostrando que estas questões geram muita ansiedade por resultados. 

Enfim, estamos sujeitos a sofrer em algum momento as consequências da ansiedade, porém, devemos lutar por um equilíbrio mental e das emoções, para que as consequências não interfiram no nosso dia a dia. Nossas batalhas não devem ser travadas no campo onde não existe necessidade, ansiando por coisas que não vão ser bênçãos em nossas vidas.

No casamento, na área profissional, no campo social, nos termos financeiros e materiais, em tudo, não deixe que a ansiedade atropele o viver diário e tente antecipar sonhos de uma forma brusca e despreparada. Vamos passo a passo, e tal como o Senhor Jesus disse, "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" - Mateus 6.34.

Que o Senhor Jesus Cristo te ilumine hoje, amanhã e sempre, e tire de si toda ansiedade que o primeiro passo para as demais doenças em nossa vida. Haja cura em nome de Jesus!

Por Josué Oliveira - Pastor Presidente ICED - 17/06/2023

11 de out. de 2022

Posicionamento cristão

Reflexão sobre o texto de João 12.20-50.

Olhando o texto segundo o escreveu João, encontramos alguns posicionamentos distintos no meio do povo. Uns tinham seus corações crentes nos milagres de Cristo e uma outra parte, de corações duros renunciavam seus feitos, mesmo os vendo diante dos olhos.

Me chama a atenção neste texto que muitos dos principais dos judeus criam em Cristo, porém não podiam manifestar suas opiniões por causa dos fariseus, temendo serem expulsos da sinagoga.

João disse que essa atitude era porque "amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus" (vs. 42,43).

Não é diferente dos homens na atualidade. Todos contemplam os milagres de Cristo. São saciados em algum momento, e mesmo assim a incredulidade os tem distanciado do Mestre.

Pior, muitos tem mais preocupações de não perder o emprego, a amizade, os seguidores das redes sociais, que ser um autêntico servo de Cristo e ter posição firme.

Sendo assim, os que criam em Jesus se escondiam e nada faziam por pura vaidade de "um mero lugar na vitrine da sinagoga".

Quando em nosso coração passamos a tratar as coisas pessoais como mais importantes para o futuro em detrimento das coisas espirituais de Deus, nosso futuro já está corrompido. Jesus nos chamou a renunciar, abandonar a neutralidade (Ap. 3.14-22) e tomar uma decisão. 

De que lado os que criam em Jesus estavam? Se estivessem do lado dos fariseus, teriam decidido conforme eles diziam. Se estivessem do lado de Jesus, fariam alguma coisa para ajudá-lo. Mas por ficarem no meio termo, em cima do muro, acabaram sendo modelos de cristãos como Pilatos, que lavaram as mãos. 

Na atualidade tenho encontrado inúmeras pessoas que se dizem neutras para não sofrer as críticas, a contraposição e ou até perder alguma coisa. Passam distantes dos debates, das rodas de conversas e até ensaiam discursos bonitos de "amor, graça, perdão", apenas como forma de se blindar do real posicionamento.

Falta posicionamento dentro do lar, no trabalho, na escola, na igreja, nas redes sociais, nas viagens, no lazer, enfim, neutros e omissos acerca de Cristo e dos seus mandamentos.

É tamanha a preocupação que sofrerão os danos desse tempo e do tempo vindouro do tribunal de Cristo, onde todos serão analisados e julgados. Fiéis e infiéis, trigo e joio, todos serão separados a uma eternidade. Os fins justificarão os seus feitos.

Findo repetindo Jesus "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap. 3.22).

Que o Espírito Santo tenha total liberdade na sua mente, no seu coração e em todos sentidos da sua vida.

Deus abençoe e ilumine (Salmo 119.105).

Por Josué Oliveira - Pastor Presidente ICED - 11/10/2022

30 de jul. de 2022

O que é felicidade e prosperidade?

A felicidade é um termo que temos em nossa língua portuguesa que denota algo que é ou produz sentimentos bons.

É um conjunto de fatores que elevam as emoções a nível elevado, ultrapassando as tristezas e outros aspectos ruins e que nos faz sentir bem. 

Felicidade é o mesmo que ventura, o conjunto de palavras que formam o "Bem-aventurado", que dá sentido de pessoa afortunada e próspera. Nem toda pessoa que é afortunada (que quer dizer feliz) é bem sucedida (próspera), parecendo ser uma coisa oposta. 

Em suma, a prosperidade é a ausência de necessidades, e mesmo assim, alguém que tem de tudo não é necessariamente afortunada. Notamos que, apesar de sermos uma nação tão rica e que tem passos de liberdade e que caminha para uma felicidade e um afortunamento aprofundado, noto que ainda estamos longe de sermos uma nação feliz e próspera. E certamente você vai tentar discordar, mas calma.

Primeiro, não há como falar em felicidade num país que vem perdendo apressadamente as estacas do cristianismo para adoções de "ateus" e de "modismos seculares" que substituem a a fé. O que agrada a Deus é a fé. Sem fé é impossível viver uma vida feliz. 

Segundo, a prosperidade como citei é a ausência de necessidades, e neste caso, apesar de parecer que temos tudo e em abundância, de nada serve se tudo isso estiver fora do lugar. Lembremos que os porcos não sabem distinguir "pérola do grão de ração". Para os porcos, a pérola que é algo valioso é tratado à maneira que a comida é tratada no chiqueiro. Todos nós sabemos como é o chiqueiro. Lugar cheio de odores fortes e ruins, sujeira, onde o inquilino suja a própria comida e água com suas fezes e urinas e depois delas se serve. 

Pois é. Como pode um país ser feliz e próspero se ele se serve exatamente da sujeira? Dos maus odores dos erros sociais em todos os níveis? Como podemos ser felizes e prósperos assim? Há algo errado aí, concorda? 

Então, continuando...

O que nós consumimos no dia a dia? Consumimos e não detestamos as piores notícias erradas, práticas criminosas como se fossem o auge de uma luta pessoal, consumimos e nos alimentamos da esperança de viver no chiqueiro e sermos alimentados por pérolas valiosas que encherão nossos estômagos no lugar da ração. Nós mudamos nosso jeito de alimentar.

Deixamos de consumir a palavra de Deus que gera fé, esperança e amor, que transforma o pecador e um ser reto e justo. Mas passamos a alimentar nossas falsas esperanças exatamente naquilo que não pode ser alimento, apenas algo que irá nos fazer males.

Apesar da caricatura que uso nesta mensagem, temos uma nação rica, mas nos enquadramos na Igreja de Laodicéia que vivemos sob crenças e valores alheios e não elevamos as nossas estruturas. Por isso fora chamada de desgraçado, miserável, pobre, cega e nua.

Assim é nossa nação. Nação sem graça, pois deixou de lado o amor de Cristo para se relacionar nas orgias das entranhas dos poderes terrenos (dinheiro, fama e status social), coisas que passam e nem vemos. A nação sem graça é sustentada por uma minoria insignificante, mas que ora, jejua e clama dia e noite a Deus pela libertação de uma maioria totalitária, desprovida dos conceitos divinos.

Nos tornamos miseráveis em terras ricas. Nos tornamos pobres, mesmo diante do Deus poderoso que ensina a cavar, plantar, regar e colher, e termos mesa farta. A miséria em si não é exclusivamente a falta de comida, bens e dinheiro, mas a falta de fé e atitudes. Isso deixa o ser miserável em si mesmo. Como não tem atitudes para mudar sua própria vida, também não muda o contexto da sociedade onde vive. 

Somos acostumados às migalhas da ração, aquela porção diária que o dono joga no cocho. Estamos piores, muito piores que o filho pródigo que "desejou comer a ração dos porcos". Nós incrivelmente já alimentamos dela quando nos tornamos fracos e não reagimos à prisão do chiqueiro e não apertamos para a liberdade.

Outros dois fatores é a cegueira e a nudez. Ambos aspectos deformam nossa imagem. Nunca fomos tão zombados como o somos nos últimos tempos. Fomos um país marcados por péssimas recordações internacionais: País do futebol, carnaval e mulheres bonitas. 

E daí? O que Temos de valor com isso? Nada. Carnaval que não ganha ninguém para o bom caminho, pelo contrário, casamentos se dissolvem pelos múltiplos relacionamentos. Famílias morrem em tragédias devido ao uso de drogas lícitas e ilícitas conforme as leis do Estado Brasileiro. Lá, as mulheres se destacam pela beleza, e com sensualidade atraem os homens e como cova funda, os destroem. Então, isso é péssimo na nossa imagem!

No futebol, raros são os que pregam o evangelho, que comemoram e agradecem a Deus e não se envergonham do nome de Cristo. A maioria vive uma farsa nas noitadas, inúmeros relacionamentos nas viagens que fazem por seus times, traem, adoecem pelo pecado, deixam de entregar em campo um bom modelo social e derrubam outras gerações com suas figurinhas carimbadas e sujas pelo pecado. Isso não é espalhar felicidade. É apenas a histeria do momento e depois acaba.

Enfim, uma nação feliz é construída por cidadãos que valorizam o próximo, algo que em nossa terra ainda não ocorre com a maioria das pessoas. Seus cidadãos ainda passam a perna no seu próximo com muita naturalidade. Tiram vantagens em tempos de crises, desgraças naturais e nos alvoroços políticos. Somos felizes e prósperos?

Ainda temos muito a fazer, mas fazer a diferença não começa com todos, começa com 1, vai a 2, a 4, 8, 16...100, milhares e posteriormente aos milhões. Nenhuma mata já nasceu mata, ela veio de uma árvore, de uma semente. A felicidade não vem pronta, ela é construída com o tempo.

Assim sendo, feliz é o povo que tem liberdade de servir a Cristo, caminhar e viver conforme os mandamentos bíblicos, semeando os ensinamentos e fugindo do chiqueiro todos os dias, não estragando as pérolas e deixando a servidão da igreja de Laodicéia. 

Decida!

Por Josué Oliveira
Pastor Presidente ICED

5 de jul. de 2022

Aprendendo com o luto e festa

Uma das coisas mais estranhas da vida é lidar com as experiências que nos causam dor e alegria num espaço de tão pouco tempo. Em ambos casos, tristeza e alegria geram sensações que nem sempre é possível controlar.

Ao ler o texto de Eclesiastes 7.2-4, nos deparamos com as colocações perfeitas sobre esse ambiente das emoções. "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria".

O ambiente do luto e o festivo possui um contraste enorme, visto a face natural que a dor ou a alegria proporciona. Enquanto a dor proporciona reflexão sobre o fato que a gerou, na alegria desprezamos muitas regras fundamentais, mesmo vivendo a satisfação.

Olhando algumas experiências bíblicas, encontramos a revelação clara de que o ambiente do luto proporciona dor, lamento, tristeza, lembranças, remorso e preocupações com o que não foi feito ou feito de maneira errada.

Davi passou o luto do seu primeiro filho com Bateseba e viveu a proeza de estar acuado com sofrimento durante a enfermidade do filho e uma atitude de alegria após sua morte. Davi carregava a culpa da morte do ex-marido de Bateseba e sabia que aquela criança era o fruto da sua violência.

O povo de Israel passou o luto com as mortes de muitas autoridades durante sua história e isso lhes serviu de orientação aos próximos passos. Josué viveu a dor da morte de Moisés e precisou se refazer para seguir adiante com o propósito de Deus para o povo que ora vinha das terras egípcias. Mas após a morte de Josué, o sentimento de seguir os passos de seus líderes, o povo não teve o mínimo de consideração e voltou seus corações e atitudes para os velhos costumes do Egito.

Outro exemplo da tristeza é observada no caso do velório do jovem citado em Lucas 7.11-18. O texto mostra que mãe do jovem chorava e Jesus sendo movido por uma íntima compaixão, agiu para ajudá-la. Jesus operou o milagre da ressurreição e tão logo a alegria tomou conta de todos.

Já quando o assunto é festa, não se pode preocupar com nada, ao menos por enquanto. Nada poderia mudar o ambiente de alegria, a ponto de os discípulos de Jesus lhe indagar o porque não jejuavam como os discípulos de João Batista. Na resposta de Jesus a eles, o mestre lhes disse que enquanto os convidados estivessem numa festa com o noivo, não poderiam jejuar - falando de si mesmo como o noivo.

Em outro aspecto, as festas diárias que ocorriam nas casas dos filhos de Jó mostraram que eles não tinham nenhuma preocupação com a vida e suas consequências. O texto mostra Jó, um pai amoroso e preocupado com os erros de seus filhos e então realizava um sacrifício diário para que eles fossem poupados de alguma penalidade de Deus. Mesmo assim, Deus permitiu que o mal lhes causasse o dano da morte.

Se olharmos numa festa podemos analisar ela apenas com a música que já chama a atenção de longe, mas ainda podemos destacar que ela é marcada com os presentes, a alegria nos rostos dos presentes, as comidas e as bebidas, as brincadeiras e a ausência de preocupações com a realidade da vida.

No mais, as escrituras reveladas por Jesus Cristo ao Apóstolo João diz no último livro bíblico que, "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas" - Apocalipse 21.4. Essa expressão revela que o ambiente da eternidade com Cristo será festivo, enquanto a eternidade da condenação terá todos os sofrimentos possíveis ora mencionados nas escrituras sagradas.

Para o servo do Senhor, todo tempo deve lhe servir de instrução. Chorar e sorrir faz parte da vida humana. Assim como as consequências mencionadas na passagem do mendigo Lázaro e o rico (Lucas 16), em vida cada um teve uma conduta e a eternidade foi totalmente diferente. O rico estava no tormento eterno e o pobre no gozo eterno. Durante a vida cada um aplicou seu coração a fazer algo distinto e isso lhes concedeu o prêmio que não podia ser alterado na eternidade.

Para tanto, ao olharmos os "lutos e festas", deparamos com inúmeras vidas se perdendo por não analisar tais consequências. Salomão escreveu em Eclesiastes 11.9 que "Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo", e em 12.1 "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento".

Passemos ao estágio da vigilância, seja na festa ou no momento de luto. Que o Espírito Santo possa lhe convencer acerca dos juízos e consequências da vida, e você possa alcançar a salvação.

Josué Oliveira
Pastor
#alegria #luto #icedleopoldina

17 de jun. de 2022

Valorize sua Igreja!

A igreja é uma organização viva e que representa os anseios de Cristo na "unidade do corpo" conforme João 17 e 1 Coríntios 12. Nenhum membro está livre estando no corpo a ter vida própria, e toda separação do corpo imputa morte física.

Uma perna é corpo, e quando é cortada da outra parte corpo, se não for implantada urgentemente ela morrerá. Assim como Paulo menciona, o cristão não pode ficar sem a conexão no corpo, pois ela é fundamental para a existência de vida. Assim como um AVC cria problemas graves ao corpo, a ausência da saúde espiritual no corpo gera danos, que podem ser irreversíveis e deixando anomalias.
O autor do texto de Hebreus 10, trás um pouco de luz sobre este assunto, afirmando que "Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia" - Hebreus 10.23-25.
A comunhão é extremamente importante para que não corrompamos a nossa vida. Nela comemos, caminhamos, choramos, sorrimos, perdemos ou vencemos, mas abrimos mão.
Valorizar a sua igreja é mesmo que valorizar sua casa, seu trabalho e tudo que lhe cerca no dia a dia. Quando deixamos de valorizar os ambientes que nos faz bem, logo perdemos o time das coisas boas. Já parou e se perguntou, quantas vezes você deixou de ser feliz por estar fora da comunhão? Então, a comunhão da Igreja em Atos 2-8, 12 expressa que um auxilia o outro. Os pedidos de ajudas eram constantes. Sozinhos nas lutas nunca!
Que o Espírito Santo venha trazer ao seu íntimo hoje as revelações que aprimore o seu relacionamento espiritual, lhe dando sabedoria, fé e muito ânimo para continuar na comunhão. Vamos à oração e ao partir do pão, vamos às lutas.
Josué Oliveira
Pastor

9 de jun. de 2022

Eu e os dois mandamentos de Jesus

É comum que os cristãos gostem de adotar os 10 mandamentos para suas práticas de vida. Ora seja pela mensagem que trata todo o contexto dos hebreus para com Deus, ora acerca do relacionamento entre os hebreus. Os textos que tratam dos mandamentos foram objetivos e não deixam margens para dúvidas ou pretextos.

A exemplificar, Moisés desceu do monte após 40 dias trazendo duas tábuas que continham 10 regras fundamentais para os hebreus e que deveriam ser obedecidas para que todas as bênçãos divinas cumprissem em suas vidas.

Destaco que os 10 mandamentos são separados em dois blocos onde o primeiro trata das relações dos homens para com Deus. Deus tratou os hebreus com regras duras e fiéis para que seus corações nunca se curvassem a idolatrias, pois Ele sim, sempre lhes seria o guia no deserto, o pastor presente e Senhor de tudo. As consequências seriam duras se desviassem.

A observar, o primeiro mandamento citado em Êxodo 20.2 "Não terás outros deuses diante de mim". Para Deus, o mero fato de algum outro deus ocupar o seu lugar no coração do povo já era aqui observado no regramento.

Seguindo a tábua, o segundo mandamento, Êxodo 20.3 "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra", Deus deixou claro que as imagens fundidas ou criadas pelas mãos dos homens nunca deveriam estar no centro das obras dos hebreus.

Assim também quando à elas, "não se curvar, não adorar ou servir" fazia parte desse conjunto relacionado às imagens.

Mais a frente, Deus destaca para eles que seu nome não podia ser tomado em vão. Para Deus o seu nome era e é Santo e não podia e nem pode ser invocado de qualquer maneira.

No mandamento seguinte, Deus chamou a atenção para que o "Dia do Descanso" fosse observado pelos hebreus aos sábados. Tal dia deveria ser de serviços a Deus. O sábado é um dia Santo, portando irrevogável os preceitos santificados pelo próprio Deus.

No compêndio de mandamentos está o que disse Jesus "E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento" - Mateus 22.37,38. Ou seja, os 4 primeiros mandamentos tratam do amor do homem para com Deus. Portanto quem não ama a Deus agride os primeiros mandamentos dados por Ele a Moisés.

Conforme lemos os mandamentos em Êxodo 20, agora observamos que Deus aplica as regras que trataram das relações humanas, ou seja, aquelas entre pais e filhos, entre homem e mulher, entre servos e senhores, e ademais.

Uma vida prolongada por Deus estava relacionada a obediência a pai e mãe conforme o verso 12. Um filho que atendesse esses preceitos seria abençoado com vida longa, pois era uma promessa.

Logo adiante, Deus trouxe o mandamento contra o "assassinato", algo presente no mundo desde o início da criação da humanidade. Para Deus o homem não poderia de forma alguma matar o seu próximo.

No verso 14, o texto fala "não adulterarás", mostrando que os corações naqueles dias tinham a semente que corrompia o conceito natural. O adultério era uma corrupção da carne, pois dava lugares aos prazeres. As pessoas se prostituam (adulteravam o conceito de par) e vendiam seus corpos por alguma fantasia momentânea, baseada em bebidas ou presentes. O adultério não vinha sozinho, sempre havia algo que antevia a ele. Distorções foram fomentadas pelos discípulos de Jesus em Mateus 19 (por qualquer motivo tinham cartas de divórcio).

Adiante, Jesus tratou do furto como uma regra imprescindível aos hebreus. Quero aproveitar para destacar que furto e roubo ocorrem em circunstâncias diferentes. O furto ocorre geralmente na ausência do indivíduo e é caracterizado pela ausência de violência física ou psicológica. Sobre ele, o furto é uma forma de retirar algo de alguém sem que ela saiba. Já o roubo ocorre com o emprego de violência física e psicológica, fazendo ou obrigando a vítima a entregar ou fazer algo.

Pois bem, Deus destacou que se alguém usasse de engano para retirar algo de alguém, o mesmo seria punido. O furto de grãos, animais ou outros itens durante a ausência do dono gerou inúmeros atos de juízos posteriormente.

Caminhando para o fim, o próximo mandamento Deus adota uma regra que trata da ética do indivíduo. "Dizer a verdade" é uma "oposição ao dizer um falso testemunho contra o seu próximo". O salmista Davi mencionou no Salmo que "Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo; A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda" - Salmos 15.2-4.

Para Davi essa expressão de regras era muito valiosa para um prática de vida diante de Deus. Eu preciso lidar com a verdade diante dos homens e diante de Deus e não me desviar por nenhuma razão, seja recebendo vantagens ou pensando em fazer mal ao seu próximo.

Enfim, no último mandamento Deus tratou de um problema muito grave em todos os tempos da história: "os olhos". São os olhos que levam as imagens de tudo para o nosso coração e acaba produzindo reações boas ou ruins. Entre as reações, existem emoções, sentimentos, vontades, desejos, e ou alguma coisa entre estes termos que menciono.

O desejo em possuir algo alheio sempre foi observado ao longo das escrituras. Davi viu e desejou Batseba conforme o relato de 2 Samuel 11 e isso trouxe consequências em sua vida. Acabe desejou a vinha de Nabote conforme 1 Reis 21 e ainda no caminho a palavra da sentença foi proferida.

Ao longo da vida desejar possuir algo precisa estar sob controle. Desejar o que é alheio pode trazer consequências ruins, portanto, tal regra foi absolutamente própria aos hebreus.

Em Josué 7.20-26, o desejo de Acã em possuir algo proibido produziu uma tragédia em sua vida. Para Deus, essas regras são santas e devem ser observadas por todos que lhes são por filhos. A não obediência incorre em atrair a ira e até mesmo diversas maldições bíblicas.

Assim, o segundo mandamento "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" - Mateus 22.39 e nele fica a expressão de devemos amar o nosso próximo conforme os conceitos de Deus e não conforme nos damos bem ou mal nas relações.

Hoje, eu e os mandamentos de Jesus temos travado duras batalhas, pois amar a Deus em primeiro lugar, e amar o próximo como a mim mesmo são enormes desafios a mim e acredito que a todo cristão. Importa que tenhamos humildade de reconhecer nossa imensa necessidade do perdão de Deus pelos erros contra algum dos mandamentos, seja aqueles em que tratamos diretamente com Deus ou aqueles que teremos que tratar com as pessoas aqui na terra.

Que o Senhor Jesus abençoe minha e sua vida por essa palavra.

Josué Oliveira - Pastor

09/06/2022

20 de jun. de 2021

Corrupção não é coisa de político, é do gênero humano!

Um dos temas mais arrepiantes nos últimos tempos, tem sido tão falado e tão ignorado por quem deveria se atentar para o que ele tem em relação aos cristãos.

Não é novidade, mas a abordagem da palavra corrupção de forma denominada aos políticos é quase certa. Quero convidar você para uma análise bíblica sobre o tema. É importante observar que a corrupção não é algo novo no mundo, não é exclusividade dos agentes políticos. A corrupção é algo pertinente ao caráter humano e está inserido na história bíblica desde o início de tudo em Gênesis.

Fazendo uma extração de um verso bíblico citado pelo profeta Miquéias 2.10, encontramos na citação, ordens expressas de como devemos lidar com a sensação de algo que não estamos vendo mudanças. 

"Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente".

É prazeroso compreender tal ordem ainda nos tempos dos profetas, diante de cenários de caos, desobediência, ausência de temor às coisas de Deus, onde tudo poderia ser um aperitivo "ao descanso indevido por muitas pessoas, inclusive os profetas". Temos a mania de recuar quando nossos esforços não estão produzindo resultados.

O descanso de Deus citado em Gênesis 2.2, não tem sentido com o cansaço, mas "de deixar de trabalhar naquilo que se tinha propósito". Certa vez uma irmã me disse que ela tinha deixado de orar por uma causa familiar. Já tinha muitos anos orado e no entanto não alcançara as respostas, o que acabou levando ela ao "descanso daquele trabalho de oração" - algo que não devemos abrir mão.

Os cenários de guerra que cercam as mais diversas camadas da sociedade fazem com que tenhamos ainda mais disposição e desejo a nunca descansar das lutas por melhorias, por dias melhores. Imagine se Daniel fosse um homem de Deus que tivesse descansado e não julgasse haver a necessidade de orar, jejuar e se santificar diante de Deus pela libertação de seu povo. Teria alcançado este feito? Não!

Nos últimos tempos venho olhando pessoas que levantam suas vozes e dizem: "Não voto em mais ninguém!" - parece até que isso seja realmente o caminho para os cidadãos de bem. No entanto, as mesmas pessoas tem também reclamado dos preços elevados em diversos produtos e serviços, tem reclamado das mais diversas ausências de manutenção nas áreas públicas, tais como ruas, praças, limpezas, etc. Ou seja, parece haver uma mega incoerência entre não votar e ainda cobrar dos gestores públicos alguma mudança.

Por esta razão, ao deparar com a frase "levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso..." me leva a compreender que se eu continuar calado e prostrado e sem nada a fazer, as coisas não irão mudar. Mas o que desejo mudar?

Jesus veio ao mundo com missões de levar às pessoas a deixarem o comodismo do sistema religioso e político. Ao não concordar com as práticas envelhecidas, arcaicas e depreciadas pela corrupção do gênero humano, Jesus propôs a alcançarem uma verdade que era impraticável dentro desses dois principais sistemas sociais.

A citação de Jesus em Mateus 9.35,36, demonstra a todos que os problemas sociais não eram tão importantes aos religiosos e políticos. À estas pessoas faltavam exemplos de liderança, de gente que puxasse do buraco os que estavam se atolando. As palavras mencionadas apontam que "enfermidades" vão além daquilo que sabemos. As enfermidades podem ser físicas, espirituais e sentimentais - e, em todos aspectos as pessoas estavam doentes. Por outro lado, o descaso demonstrado aponta que a "moléstia" era as mais diversas formas de sofrimento social, sentidos físicos e morais, exatamente o que ocorria naqueles tempos e se repete hoje.

As mudanças necessárias precisavam de mais apregoadores desses valores, e Jesus deixou claro isso, ao citar Mateus 9.37,38 onde afirma que "Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara"

Assim sendo, nosso descanso não é aqui. Não podemos descansar e deixar de lutar contra os descasos, abandonos e todas as formas de corrupção que destroem as sociedades. A corrupção em si é uma forma de destruição daquilo que é probo, reto, justo ou correto. A corrupção deteriora o que é perfeito e dá uma nova identidade ao objeto, indivíduo ou fato.

Muitos acreditam que corrupção é coisa política, mas afirmo que não é. Em Gênesis 6 deixa claro que a humanidade estava corrompida. A corrupção foi a mudança de comportamento entre os valores estabelecidos para as relações entre os homens, e entre os homens e Deus. Tal corrupção atraiu a ira de Deus.

A corrupção está impregnada nas culturas familiares, religiosas, esportivas, políticas, empresariais, escolares e entre tantas outras. Aqui citei estas devido a sua grande importância na formação do caráter das pessoas.

Caim deixou seu coração se corromper quando viu seu irmão ter uma oferta recebida por Deus. Ao não suportar o agrado divino ao doméstico, resolveu colocar em prática um plano macabro, que resultou no primeiro homicídio. A corrupção no sentimento Caim fez ele matar seu irmão Abel.

Geazi, Hofni, Finéias, Saul, Ananias, Safira, Judas e muitos outros indivíduos são exemplos claros de uma corrupção religiosa, quando deixam de cumprir seus ofícios e ou quando passam a realizar aquilo que não faz parte do seu propósito. Todas as vezes que se tira uma peça que tem uma função e coloca em outra, haverá desgaste. Além da peça se corromper, ela irá corromper as outras também. A corrupção religiosa é tão fatal quanto a que vemos no dia a dia nas notícias dos jornais.

Não é tão difícil encontrar em nossa sociedade pessoas que trabalham para Deus e reclamam do pão que está comendo. Não dão graças a Deus em tudo. Reclamam das vestes, dos calçados, do carro, da casa e até do salário. Elas imaginam que estão trabalhando muito e alcançando poucos benefícios. Tão logo esse sentimento começa a corromper as obras, impedindo de servir a Deus com integridade e até os milagres começam a ficar suspeitos. É como servir a dois senhores, Mamom e Jesus. Ora agrada um, ora outro. A corrupção no trabalho espiritual gera enormes problemas, assim como ocorreu com Elias no ponto onde se viu sozinho no serviço divino, não compreendendo que outros 7 mil indivíduos também estavam no mesmo barco espiritual. Elias queria descanso, mas foi animado a continuar pois a recompensa viria.

Há muitos cristãos que tem deixado de orar pelos políticos e empresários de nosso país. Isso acaba sendo acintoso no dever de pedir para que eles tenham "paz, sabedoria e temor a Deus", e isso acaba respingando nas pessoas mais humildes da sociedade. É dever dos cristãos de orar sempre. Devem incluir em suas orações todas autoridades "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;"1 Timóteo 2.1,2.

A oração é uma ferramente de respostas a inúmeros problemas sociais, materiais, espirituais, e claro, é uma ferramenta para as respostas contra toda forma de corrupção. A oração precisa iniciar contra a corrupção que geralmente começa no ambiente familiar. Começam com premiações indevidas. Isso ocorre quando se premia alguém sem o mérito. Assim a criança cresce e se torna adulta, acostumada a tomar para si prêmios indevidos, que ocorrem pela influência, pelo poder, pela fama e até mesmo pelos subornos (Salmo 15).

Os filhos de Eli (1 Samuel 2.12-17, 22-25) se corrompiam e corrompiam o povo devido a posição em que estavam. Eram repelidos por Eli, mas no coração de Deus tudo já estava decidido: eles morreriam. Cresceram nos arredores do templo de Siló, foram se apegando ao modelo de abusos de autoridade, relações sexuais promíscuas e até por desprezo às coisas sagradas. O castigo não demorou.

Enfim, Deus levantou Samuel para ser juiz, profeta e sacerdote e isso pôs fim a um sacerdócio corrompido. Deus levantou Davi e pôs fim ao reinado corrompido de Saul. Deus enviou seu filho Jesus para restaurar o caminho de acesso ao Pai, visto que os rituais de sacrifícios estavam corrompidos.

Ainda hoje, todos nós precisamos nos levantar e andar, não curvar a cabeça diante das mazelas sociais, governamentais, empresariais, familiares e até religiosas - é preciso postura contra toda forma de corrupção. É preciso pregar, praticar e ter harmonia contra a corrupção que por séculos e milênios vem produzindo enormes destruições à humanidade.

Nos apegar aos valores cristãos, bíblicos ou que de bom aceite permeiam nossas sociedades, deve sim servir de amparo diariamente a cada um de nós. Seja no trabalho, nos negócios, na família, nas instituições religiosas e políticas, afim de que estes valores continuem passando aos nossos filhos, netos e futuras gerações.

Não se pensa um futuro sem cuidar do agora. Tudo que vai gerar impacto positivo precisa ser tomado o quanto antes. Antes que o impacto negativo tenha mais sentido aos homens. O combate à corrupção precisa acontecer quando você se levantar e andar.

Josué Oliveira
Pastor da Igreja Cristã Esperança Divina 

7 de jun. de 2020

60 dias



O que provavelmente ninguém poderia imaginar o quanto 60 dias pareceriam tão pouco para algumas coisas e muito para outras. 

O salmista ao escrever a frase "Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios" - Salmo 84.10 mostra para nós a importância do tempo de estar diante de Deus. Outro relato interessante está em Lucas 10.38-42, onde mostra a preocupação de Maria diante de Jesus, usando seu tempo para ouvir acerca das palavras de Jesus.

Notavelmente, desde o mês de Março 2020 quando paramos totalmente nossas atividades no templo por causa da pandemia viemos sentindo a importância do tempo na igreja, ou templo. O tempo que não percebíamos quando estávamos na igreja, nos cultos, reuniões e outros encontros. De lá pra cá, foi criado em nosso interior uma necessidade de buscar e cuidar desse tempo de uma maneira melhor.

Assim como para o Salmista e Maria, o tempo que pudermos tirar e aproveitá-lo diante das coisas de Deus será realmente proveitoso. 1 dia para nós que fomos obrigados  de alguma maneira a não estar com as portas do templo abertas se tornou um grande problema. Imaginem 60 dias.

Em 60 dias tivemos a clara certeza de que o melhor lugar para se estar nunca fora tão melhor que a Casa de Deus, sem comparações. As reuniões e encontros com os irmãos se tornou tão saudosas que parece um fim, podendo ser ou não para uns e outros. Os dias se alargaram com tantas dores. Ficamos sem ir ao templo para evitar que uns e outros se contaminem pelos vírus, mas a saudade temporária parece uma eternidade quando passamos tanto tempo sem nos ver.

Daqui a pouco, os 60 serão 90 e sem saber quanto tempo isso vai durar, estamos apenas lutando pela nossa vida e comunhão. Lutando para nos manter vivos na fé, no amor, na chama que nos aquece para a obra. Novos tempos virão, dias inimagináveis também e com eles os desafios novos de que possivelmente, aquele até breve tenha sido um adeus para os que foram levados pelo Senhor e nos seja um aviso da eternidade. 

Aquele abraço, aquele aperto de duas mãos, aquele beijo e o choro das batalhas podem nunca mais ser observados, mas com certeza os registros diante de Deus contarão tempos que não sabemos, e que no dia do juízo esse filme será passado, revendo os erros e acertos, os prós e contras, os fiéis e os infiéis, os justos e injustos, os tementes e os destemidos, os obedientes e os desobedientes, digo, todos serão vistos no filme. Por isso os últimos serão os primeiros e a maneira de você compreender uma história nem sempre é contada do início, mas a partir do fim. É contando o fim e o que levou a ele que compreendemos o processo.

60 dias pra mim já são longos, parece bem mais que isso. Os instrumentos parados e empoeirados. O som desligado, banheiro em desuso, cadeiras vazias, portas trancadas, lâmpadas apagadas e aquele visual triste e sombrio que um lugar antes onde floria as canções e em determinado tempo tudo parou. Parou o labor, o trabalho, as orações de mãos dadas, aquele louvor do deserto, a canção da vitória, os aplausos de aprovação.

Mas já de foi os 60, pode ser que venha 90,120... Não sei, só sei que existe muito mais saudade, mas vontade e projetos para retomar. E para isso se concretizar, precisamos cuidar de nós, zelar pela vida dada por Deus, para que num tempo abreviado, todos possam voltar e se alegrar.

Que os 60 dias sejam lembrados por essa geração, do aperto de Deus aos homens. Pela forma de se atrair novamente. Que seja assim, assentado aos seus pés a ouvir, a chorar ou cantar, mas aprendendo para viver melhor.

Josué Oliveira
Pastor da Igreja Cristã Esperança Divina 

Depois da Pandemia, juntar cacos e se refazer

É notório que a pandemia do Coronavírus veio destruindo praticamente tudo que tinha pela frente. A política, a economia e a religião foram os aspectos mais castigados desde seu início em dezembro de 2019 ainda na China. De lá pra cá, países vivenciaram os mais diversos tremores e terrores nestes três pilares que citei. Políticos ficaram desorientados com medidas que nunca tinham sido tomadas em tal magnitude na história. A economia nunca esteve tão ruim pra todos no planeta e a religião nunca fora tão afetada, sem distinção.

Diante disso tudo, medidas para amenizar os problemas dos mais de 7 bilhões de pessoas no mundo foram tomadas. Autoridades governamentais e das instituições de saúde vem correndo contra o tempo a tentar evitar uma dizimação da população sem controle dos cientistas e da medicina. Mas nada disso precisa roubar nossa esperança, claro, respeitando o processo de tudo, passaremos.

Imagino que ao final dessa pandemia, juntar os cacos e se refazer será o maior desafio. Olho para o futuro pensando na nossa história recente, quando uma crise abalou muitos países. A crise econômica de 2008 nos Estados Unidos e a versão da gripe H1N1 de 2009, lógico, o passagem dessas doenças e problemas financeiros também foram enormes perto do que estamos vendo atualmente.

O cenário construído em torno dessa pandemia é mesmo desastroso para muitos e bons legados para outros ao fim. Para os setores que não pararam na pandemia (mercados, farmácias, postos de combustível,e etc) a situação não fora agravada. Eles estavam nos lugares e nas atividades beneficiadas. Mas a grande maioria de outras atividades tiveram problemas. Queda brusca de vendas, desvalorização comercial, desempregos e muitos outros danos, e porque não dizer, muitas falências.

A retomada não será simples. Vai levar tempo. O último a se conquistar, o emprego, para muitos foi o primeiro ser perdido ou afetado nesta crise. Daí a maioria terá que se refazer e recomeçar. Não será nada fácil, mas o desafio abrirá novos horizontes e oportunidades de todos se prepararem melhor para ter um futuro menos dolorido e drástico em novos casos.

A nós brasileiros, não é nem o dinheiro que irá nos fazer passar, mas nosso poder de criatividade e inteligência, não todos, mas uma parte agirá com sabedoria e fará a cama para deitar depois. A crise não veio apenas pra matar, mas pra nos ensinar a buscar alternativas.

Logo após essa pandemia, que a política se reconstrua com valores de bondade a todos. Que a economia possa entrar na engrenagem do crescimento avolumado. Que as religiões se apliquem aos bons princípios e tenham uma reconstrução de valores sociais, familiares, políticos e jurídicos. Afinal, a religião é fundamental e sempre foi na construção das culturas, e quando não esteve presente, pessoas foram dizimadas por inúmeros problemas.

Em Ageu 1 Deus repreendeu o povo quando retornaram da Babilônia. Eles reconstruíram seus negócios, pintaram suas casa, construíram celeiros e por certo tempo não se atentaram para as coisas de Deus. Houve repreensão, mas houve cura e voltaram para as coisas de Deus.

Sejamos assim, vamos nos refazer. Pegar os cacos da nossa vida e quem sabe, nos levar a Deus, o Grande Oleiro e fazer de nós uma novidade dos cacos que agrada ao Senhor.

Josué Oliveira
Pastor da Igreja Cristã Esperança Divina

10 de jan. de 2018

Onde há liberdade

O tema deste post, quero abordar a questão da liberdade, pois é muito importante tratar esse assunto e abrir a mente de uns, ajudar outros a compreender e a fortalecer o entendimento de uma parcela significativa dos irmãos.
Quando se fala em "liberdade" nos dá uma ideia de é possível fazer tudo sem a distinção de regras, de temores, respeito a lugares, pessoas e situações. A liberdade é uma maneira de se mostrar familiarizado com o ambiente, e deve servir de "pedra fundamental" para nossas formas de crenças em nossos dias.
Há funcionários que não sabem lidar com a liberdade que tem com o patrão, misturam os sentidos das coisas e se colocam em maus caminhos muitas vezes. Também há amigos que não sabem gozar da liberdade no ambiente da amizade, acham que podem tudo. E não é diferente na comunidade cristã.
Quando o assunto chega ao mundo cristão, a liberdade foi abordada pelo Apóstolo Paulo da seguinte maneira ao escrever os cristãos de Corinto: "Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" - 2 Coríntios 3.17. Será realmente que essa afirmação de Paulo pode ser usada para todos os casos?
Vamos imaginar algumas situações e as quais podemos observar a liberdade:
"Numa casa, onde você se torna amigo íntimo da família, às vezes pega frutas na fruteira, tira água gelada na geladeira, arruma seu prato de comida (...) dá o direito de entrar no quarto quando o casal estiver dormindo?"
"Um velório está ocorrendo, e o morto era muito amigo, aí você resolve abrir a boca pra contar fatos. Será que todos os fatos serão bem vindos à família enlutada?"
"No horário do culto, você resolve interpelar o pregador porque acha que sua mensagem precisa de alguns adendos. Será que o pregador se sente à vontade?" 
Estas são algumas maneiras de julgar a liberdade que temos para não interferirmos erroneamente no ambiente alheio. Muitas pessoas se tornam vítimas da própria liberdade, pois acham que a liberdade não traz limites, não coloca cercas divisórias e que tudo é possível.
A tese de que "...onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" só é válida quando é apropriado o ambiente para o Espírito do Senhor. Não dá para dizer que há liberdade numa mesa de bebidas, onde pessoas se regalam em contar vantagens de seus modelos de vidas pecaminosas.
Não há liberdade por exemplo quando muitos cristãos pegam o microfone e dizem: "Com a permissão do pastor". Permissão é uma concessão que antecede ao ato, e não o ato à permissão. Esses jargões usados por muitos afetam drasticamente o ambiente das relações e confiança, já que nem toda premissa de que "com a permissão do pastor" seja para fazer algo que reflita de maneira ordeira e sadia na Igreja.
Lembro que certo membro pediu a palavra a um  pastor e disse que tinha algo de Deus para falar à Igreja. Na oportunidade resolveu falar de sua vida e de suas decisões. Depois que entregou o microfone, o pastor lhe chamou a atenção pela forma errada que agiu diante do povo. O que era dito de Deus, era do homem. Tal membro tinha usado a liberdade da oportunidade para uma coisa, e desviou o foco para outras coisas.
É muito gostoso estar em ambientes que a liberdade seja refletida entre os irmãos. Ao contrário disso, onde não há liberdade, você se sente preso, acuado, sem ação.
A liberdade também pode ser compreendida como "fraqueza". Esse aspecto denota as incompreensões ao modo de viver. Um escravo que alcança a liberdade muitas vezes não vive uma vida de alguém livre, a mente está cauterizada com a vida de preso. Isso é fraqueza! Quantas pessoas são fracas no uso da liberdade? Não tenho ideia disso.
Agora, a liberdade é o meio pela qual muitas pessoas se tornam "ousadas" e acabam conquistando uma "licença" para a realização. Um exemplo disso ocorre num acidente, onde o ferido está precisando de ajudas, mas as pessoas ao redor não se sentem em liberdade para isso. Daí chega uma pessoa com liberdade e ousada, encontra a licença para fazer os procedimentos iniciais até que o socorro oficial chegue. Muitas vezes precisamos entender esse papel de liberdade para fazer coisas importantes em meio às necessidades.
No mais, a liberdade é uma senha de vida. Com ela você pode muitas coisas, entrar, sair, se deter, andar, fugir e estar presente, mas sabendo que, apenas onde convier ao Espírito de Deus, ela terá sentido. 
Liberdade fora do ambiente do Espírito de Deus soa de forma ruim ao homem. É um caminho que você não sabe quais bens e males poderão lhe acometer. Pense nessa liberdade que hoje você vive, prega e acredita.

Por Josué Oliveira - Pastor ICED

28 de dez. de 2017

Honra

Há muito tempo venho ouvindo sobre honra. Ouço com bastante atenção às colocações que muitos fazem acerca da honra: "Deus vai te honrar...", "Você será honrado naquele lugar!", etc. Diante tesse tema tão importante, quero fazer algumas colocações importantes, que podem contribuir com os pensadores e praticantes da palavra de Deus.
A análise que faço sobre o tema honra é que, em nenhum momento de nossa vida seremos honrado à altura da honra que damos a outrem. A honra é precedida de honra. Quando honramos alguém que está ou é autoridade, por princípio de fé, de sangue, de submissão, em determinado tempo receberemos a proporção da honra ou até maior a que fizemos anteriormente.
A palavra honra denota um sentimento de dignificar e  ou justificar alguém que mereça a tal. Assim, alguém de honra é devidamente digno de receber tal honra, e por justiça, assim se cumpre.
Em nossos dias, muitas vezes a 'honra' está atrelada ao sucesso material e financeiro. Digo que isso até faz parte do processo, mas não é o mais importante para exemplificar. Os títulos de honra à luz da Bíblia Sagrada demonstram vários sentidos práticos que podemos observar da seguinte maneira:

A glória dos homens - coroa que os anjos não receberam. [Sl 8.5]
A lei do merecimento - cada um tem o que lhe é devido. [Rm 13.7]
Ao rebelde - miséria. [Pv 13.18]
Aos pobres - reconhecimento de incapacidade. [Pv 14.31]
Às necessitadas - apenas as incapazes. [1 Tm 5.3]
Bons governadores domésticos - duplicidade de reconhecimento. [1 Tm 5.17]
Cuidado pessoal - independe dos outros. [1 Ts 4.4]
Desperdício - é dar valor aos sem valores. [Pv 26.8]
Engraçada - os que se guardam. [Pv 11.16]
Estupidez - tomam o caminho errado. [Pv 3.35]
Eternidade - para quem foge da corrupção. [Rm 2.7,10]
Falsidade - de boca ou de coração? [Mt 15.8]
Honrar pai e mãe acima de Deus - indignos. [Mt 10.37]
Humildade e temor de Deus - recompensas de vida. [Pv 22.4; 15.33; 21.21]
Julgamento - julgados pelo Filho. [ Jo 5,22,23]
Longevidade - como resultado de honrar pai e mãe. [Ef 6.2,3; Dt 5.16]
Morte - por falar mal dos pais. [Dt 27.16; Mt 15.4]
Na prática - destratado entre seu povo. [Jo 4.44]
No lar - o mais reconhecido na família. [Gn 34.19]
O único - insubstituível em honras. [1 Tm 1.17]
Oferta - as primícias. [Pv 3.9]
Parentesco - o mais chegado. [Nm 27.11]
Pecado - reconhecimento de indigno de honras. [Lc 15,21]
Provisão divina - um tesouro inesgotável. [Pv 8.18]
Reconhecidos por Deus - quem me honrar, honrarei. [1 Sm 2.30]
Servir a Deus - uma obra interminável com os bens. [Pv 3.9]
Trabalho - seu senhor [Ml 1.6; 1 Tm 6.1]
Visão certa - uns aos outros. [Rm 12.10]
Visão errada - aos mais, menos; e aos menos, mais. [1 Co 12.24,33]
Assim sendo, a honra vem por vários caminhos ao longo da vida, naquilo que pensamos, expomos, falamos, praticamos, na forma que reagimos, etc. É impossível atrelar sucesso sem os princípios da honra. Em primeiro lugar na nossa vida, a honra é devida a Deus. Não honrar a Deus em primeiro lugar, é o meio pelo qual tardamos a honra em nossa vida, família, negócios e ministério.
Em muitos momentos, a honra pode ser vista como espinho, mas é a maneira que também podemos valorizar o processo. Todo processo é cansativo e induz à desistência. Vencer os processos com garra e persistência, é a maneira pela qual podemos chegar ao lugar de honra, honrando os concorrentes, inimigos e aos processos. Desistência é o meio pelo qual muitos se tornam: 
- desonrados - pois perdem a oportunidade de ser honrado;
- inimigos dos concorrentes - muitas vezes lutam tanto e desistem, trazendo males aos concorrentes que queriam a honra;
- se fazem inimigos da honra também - isso ocorre porque, no processo, os inimigos e concorrentes deveriam nos promover à nível de competição, e se perdemos, nos encaixamos no campo dos perdedores, os inimigos e vencidos;
- vencidos pelo processo - é a situação que embaraça muita gente. O processo tira o sono, a paz. O processo faz muitos tirarem o chapéu da tranquilidade e desistirem com muita facilidade.
Portanto, para ser honrado precisa honrar, independente do tempo, da situação e ocasião. Analise, repense e pratique.

Por Josué Oliveira - Pastor ICED