“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.” II Coríntios 13.2
O
porque os cristãos de hoje, com tantos mecanismos de encher as igrejas ainda
esfriam no amor? Ou será que realmente existe amor por parte dos cristãos de
hoje? O que representa a fé dos cristãos atuais? Tais perguntas gostaria de
encontrar respostas dentro das escrituras, e ainda levando os cristãos de hoje
a se conscientizarem sobre o seu modelo de servir a Deus. Não se pode servir a
Deus de qualquer forma, e com condições. Servimos ou deixamos de servi-lo.
Conforme
o apóstolo Paulo diz, as últimas três coisas são fundamentais na vida lógico
daquele que serve a Deus. Paulo mostra “a fé, a esperança e o amor” e disse que
mesmo tendo fé poderosa, uma esperança de uma vida melhor, e que se faltasse o
amor, a vida deste cristão seria apenas como um sino, “é só barulho”.
Temos
notado um grande número de pessoas que estão desviando, deixando as igrejas
voltando para a macumba, o espiritismo, entre outros seguimentos religiosos, em
busca de novidades ou paz. Podemos analisar à luz da palavra o que de fato tem
ocorrido para este tão expressivo êxodo de cristãos indo em busca de outra vida
religiosa. Aqui posso mencionar que “busca
de resultados imediatos, o pecado, o passado, os costumes, os aborrecimentos,
etc”.
Em Mateus 6.33 o próprio Jesus ensina o modelo
de busca que devemos ter quanto cristãos. Buscar seu Reino em primeiro lugar
tira toda hipótese de esfriamento, já que o homem se torna dependente apenas da
provisão de Deus. Com o crescente número daqueles que buscam resultados
imediatos, também surgiu a oferta de solução imediata. Com isto o vínculo é
financeiro, material e não mais por amor. As análises mostram que a maioria dos
que esfriam na fé não ofertam, dizimam e nem auxiliam mais na obra se não
houver troca de favores ou algum interesse posterior. A sociedade imediatista
está cada vez mais se afundando, isto é o resultado pregado por aqueles que
levam resultados deste mundo e não apresentam o evangelho que transforma,
aquele que leva o homem a servir por amor, não por resultados.
“Mas, buscai primeiro o
reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Também é observado que o pecado (iniqüidades)
fazem divisão entre o homem e Deus. No livro do profeta Isaías 58.2, é revelado
ali a atitude do povo em se corromper, em viver no pecado, em não se arrepender
e até aqueles que sabendo que estão pecando mais ainda se mantem no erro, o
resultado é um esfriamento no amor. A fé deste já não é mais a mesma a partir
do momento que não acredita que Deus é poderoso para suprir as necessidades.
O passado também tem sido um deste fatores de
frieza no amor. Muitos tem olhado para os resultados anteriores, aqueles que
receberam quando começaram na caminhada ou até mesmo aqueles que seus
familiares e amigos tenham recebido. Analisando o passado, muitos ficam
perdidos porque faltam forças, ânimo, fé e principalmente o amor. A ausência de
amor leva o homem a ficar preso no seu passado. “Ah Deus abençoou lá, e vai
abençoar agora também”, sim esta deve ser a razão do porque servimos a Deus.
Enquanto isto, muitos olham e dizem “Ah Deus fez pra eles, mas vai fazer por
mim”. Esta razão de não se ver mais abençoado, tem trago um esfriamento forte
na vida dos cristãos.
Os bons costumes tem sido diariamente rompidos
com as novidades do século 21. As modas, as brincadeiras de mau-gosto, as
fofocas (mexeriqueiros), as teses sem fundamentos, as doutrinas bíblicas sendo
distorcidas, etc. O apóstolo Paulo disse em I Coríntios 15.33 sobre os bons
costumes que estão perdendo os espaços devido as conversas impróprias. Muitos
cristãos se mantem na igreja é por causa da placa da igreja, por causa da
doutrina, dos costumes liberais ou por uma e outra coisa. Sabemos que os bons
costumes devem ser preservados, visando fortalecer o amor, a fé e ajudar todos
os novos na fé.
“Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade”.
Aborrecimentos são os mais freqüentes motivos
de esfriamento na fé. Infelizmente na igreja tem cristãos de todos os tipos.
Existem os fortes e os fracos, os que suportam tudo e os que nada suportam. O
resultado disto é que muitas vezes os que são mais fortes se acham no direito
de oprimir alguém, causando-lhes aborrecimentos. Na epístola de João 4.20,21, encontramos o termo “odeia” ou “aborrece
a seu irmão”. Isto mostra que no lugar do amor muitas vezes tem crescido ódio,
o inimigo número um do amor. Infelizmente a água de muitos cristãos ferve mais
cedo que a dos ímpios. Este modelo de cristão merece muita atenção para o mesmo
não provocar um distanciamento entre os cristãos. Os aborrecimentos são
resultados de confronto de comportamento, idéias e modo de viver. Ninguém se
aborrece sozinho, sem motivo. Todo aborrecimento tem um fundamento.
“Se
alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama
a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
E dele
temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”.
O que fazer para não cair na armadilha
do diabo?
Salomão
adverte sem Provérbios 4.23 que devemos guardar o nosso coração. Um coração
desprotegido pode causar sérios problemas no futuro. Tal advertência é
pertinente, já que muitos cristãos deixam que muitas imundícies entrem no
coração, e menos a palavra de Deus. O diabo (ladrão) veio para matar, roubar e
destruir (João 10.10). Paulo disse que
devemos estar preparados (Efésios 6.11) contra as armadilhas do diabo. Se os
cristãos de hoje não se encontrarem à serviço de Deus, mas antes derem lugar as
coisas deste mundo e aquele que vive procurando uma oportunidade para
destruí-los, certamente cairão no esfriamento do amor às coisas de Deus:
irmãos, à obra e ao próprio Deus. A palavra nos diz que devemos amar a Deus
sobre todas as coisas (Mateus 22.37). O diabo também minou o coração de Ananias
e Safira, que provavelmente eram seguidores dos apóstolos e não apenas
contribuintes (Atos 5.1-11). Judas foi um outro exemplo de esfriamento do amor
à Cristo, sua atitude iniciou quando foi confrontado por Jesus a respeito da
oferta (Mateus 26.1-30), e logo procurou um meio de entregar Jesus.
Para
todos, o importante é: orar, jejuar, vigiar, alimentar da palavra de Deus e
esperar Jesus voltar para buscar a sua igreja, sem nenhuma mancha, ou alguma
ferida que a impeça de entrar no céu. Fique ligado!
Pastor Josué Oliveira