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4 de nov. de 2016

Século XXI: Uma igreja mutante

Por que tantas mudanças radicais nas Igrejas evangélicas? Será que existe uma explicação lógica, teológica, espiritual e social para tantas diferenças?
Não quero aqui polemizar, mas vou fazer uma análise da realidade em que as Igrejas evangélicas estão passando ou em que permanecerão por um tempo, o qual somente Deus sabe quanto durará.
Entre tantos fatos, posso aqui destacar os mais comuns entre os cristãos e simpatizantes, o qual é possível ver na maioria das igrejas, por exemplo:

A Tecnologia - Em todos os sentidos de avanços tecnológicos, a ciência tem sido uma arma recebida pelos cristãos, levando-os a viver mais pelo momento, fato, tato, distração e novidades. A multiplicação da ciência tem cada vez mais enchido os templos de tecnologias, e em muitos casos, ela tem tirado o serviço dos servos, trocando-os por coisas. Em todos os lugares em que há prioridade por 'coisas em detrimento do ser' gera-se enormes situações complicadas, na economia, na mão-de-obra, na família, e consequentemente na igreja.
É comum encontrarmos igrejas em que não há mais porteiros e sim uma porta eletrônica com um raio-x e um decodificador de cartão de presença. Assim, as pessoas que recepcionam, que atestam a entrada e registram a presença manualmente estão também perdendo o espaço até então na chamada 'Casa do Senhor'. Também é observado que no lugar do Livro Sagrado, a Bíblia, nas mãos ou nos bolsos tem sido carregado a novidade de ser ter um exemplar digital no smartphone e tablet. Porém, vale salientar que nos mesmos aparelhos, o Livro Sagrado compete não apenas em lugar físico, mas no lugar espiritual com joguinhos, ligações, mensagens e redes sociais o tempo todo - nenhum crente está tão ligado com Deus quanto aos seus aparelhos eletrônicos em nossos dias.
Outro item interessante é que, assim como sumiram das lojas os discos de vinil, as fitas K7 e depois os cd's, registra-se que as igrejas foram substituindo os livretos e pastas de louvores por data-show (projetor) diretamente em telões e similares. Nada contra a tecnologia, mas vemos que os grupos que se preparavam em reuniões de ensaios foram diminuindo, e hoje a cargo de um ou poucos apenas, o fracasso espiritual é revelado consequentemente ao uso da tecnologia ou de quem se deixou levar por ela.
As igrejas de modo geral sofrem com um esfriamento e desconexão pessoal e íntima dos seus membros em si e com Deus. Tais situações ocorrem e é possível ver que uma parte da igreja permanece ligada (antenada) a inúmeros fatos em tempo real durante o culto, enquanto outras pessoas travam lutas para realizar um culto mais espiritual e cheio do poder de Deus.
É bem verdade que a tecnologia ajuda em muitos aspectos, mas não deve ser o instrumento que faz o serviço do homem. O que cabe ao servo, não pode ser trocado. Deus não usará e nem avaliará as coisas, mas preza pelo ser em qual pode morar. O homem é o eterno instrumento de Deus na terra.

Usos e Costumes - Em muitos casos, os usos de determinadas vestes tem sido o maior problema entre os cristãos. Eles refletem uma ausência moral do indivíduo, o que proporciona o desprazer de muitos outros em relação ao templo e ambiente da igreja. Roupas curtas, colantes, decotadas ou análogas em sentido de promover a sensualidade tem angariado membros ao ministério da corrupção carnal, mental e espiritual. Através de muitos cristãos, usar roupas extravagantes é uma porta que se abre para a condenação social, da igreja real e do próprio Deus. Não estou de acordo que tudo seja motivo para justificar 'pecado', tem que se analisar o contexto do emprego da situação e as regras adotadas. A igreja vai além do templo, é vivida no dia a dia de cada membro e precisa manter a ordem, a descência e a moderação.
O uso de pinturas, colares, anéis e similares também podem servir de causa de esfriamento e de mutação da igreja. É fato, os indivíduos em grande parte preocupam mais em mostrar e ter que propriamente ser alguém que reluza a verdade. As vezes encontramos com cristãos que mais parecem árvores de Natal em fim de ano que propriamente alguém cheio do brilho do Espírito de Deus. Outros preferem a moda do exibicionismo, onde competem em beleza e status social, familiar e ou de cargo na igreja, fazendo-se um integrante fariseu como nos tempos de Jesus.
Me lembro de um ex-pastor que impedia todo mundo de chegar ao altar da igreja, ninguém podia subir lá. Mas lembro-me muito bem como se fosse ainda hoje, o conjunto musical daquela igreja tinha na sua composição membros mulheres que vestiam-se apelando para a sensualidade, roupas decotadas e curtas, e às vezes ficavam naquele puxa pra cá e acerta pra lá intermináveis durante o louvor, em pleno altar, revelando uma desatenção e não dedicação ao serviço do Senhor. 
É fato também: em muitas bolsas de mulheres, e mesmo até de jovens é possível encontrar espelhos, pentes, perfumes, batons, rouge, lápis de olho e mais alguma coisa similar, e não muito estranho, mas já vi até sapato reserva. Isso pode parecer normal, mas o tempo em que levam para se preparar para um culto, em que gastam horas em frente ao espelho, deveria ao menos mostrar que a qualidade da vida espiritual fosse muito elevada, mas não é a realidade da maioria.
Em muitas igrejas, o emprego de cultos doutrinários criam margem para que a mente de seus membros apenas deseje o praticado por outros, não demonstrando ser um indivíduo voluntário diante do Senhor. Ficam muitas vezes querendo viver o que o membro de outra igreja vive, mas não tem coragem de praticar por que teme ser punido pela igreja a qual faz parte. 
Há igrejas onde o extravagante não é combatido, fica uma ideia de 'porta larga', onde se pode fazer tudo o que quiser. Há igrejas que até falam, mas não agem quando é devido. Muitos de seus membros aproveitam determinadas ocasiões festivas e se afundam no mel do pecado, muitas vezes é apenas uma brecha para a destruição que virá em meses subsequentes.
As invenções mundanas em grande parte são copiadas imediatamente pela igreja. Levam as modas seculares com muita facilidade para dentro das rodas de conversas, reuniões e cultos, algo que ainda nem passou pela análise dos líderes já está em pleno uso por membros comuns. O senso de justiça e fidelidade à liderança tem sido frequentemente burlado, desrespeitado e colocado à margem das escrituras. Digo que a igreja de hoje está irreconhecível quando se veste para ser crente.

Interpretação Bíblica - Esse tema é controverso, principalmente quando é lido e praticado pelos incautos e incrédulos. As escrituras não são para interpretação particular conforme 2 Pedro 1.20. Porém, com o passar dos anos, com a facilidade de acesso à informação bíblica e teológica, e com as enormes quantias de informações erradas, extra-bíblicas, e que ignoram os princípios da teologia, uma gama indeterminada de pessoas estão caindo nas armadilhas de interpretar, pregar e viver conforme suas opiniões e erros copiados de outras pessoas. É pecado pensar assim como eles pensam. É necessário examinar as escrituras
Tirar ou acrescentar às escrituras sagradas tem sido ao longo da história o objetivo de satanás através de seus memoráveis filhos, levando as igrejas a viverem mutações infernais. O próprio livro das revelações, Apocalipse 22.18 nos atesta que "...Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro.". Não menos pior, o direito à vida, o morar na cidade Santa e o de receber todas as promessas bíblicas serão retiradas daquele que fizer acréscimo às escrituras sagradas - Apocalipse 22.19.
Não é novidade que alguns segmentos religiosos usam parte das escrituras bíblicas para defender seus interesses particulares e escusos, mas quando são refutados em áreas em cometem erros ou pecados, dissimuladamente fogem do mérito bíblico e pregam suas teses mirabolantes, apenas para se defender e não concertar seus caminhos.

Conclusão - A igreja deste século precisará de uma reforma estrutural e espiritual, e provavelmente passará por longos anos de muitos problemas. Se em poucos anos, ao menos 50% da liderança não renovar suas alianças com Deus, permanecendo fiéis em busca de cultuar a Ele, limpos de coração e frutos de um quebrantamento profundo, a igreja caminhará para seus últimos passos sobre a terra, definhando-se em meio ao deserto com sede e fome da palavra.
É necessário rever os costumes adotados, as tecnologias inseridas no lugar do homem servo e acima de tudo os valores que atualmente estão dentro das igrejas. Uma igreja forte não é a que possui mais bens financeiros, materiais e ou pelo maior número de membros. Uma igreja forte é aquela que transforma o mundo ao seu redor, o qual dá a chance aos homens de vê-la como um instrumento de Deus na terra, proporcionando bem estar, respeito, justiça e coerência, acima de tudo claro, cheia do Espírito de Deus, sendo luz, sal e tabernáculo para que os homens se reúnam em busca de Vida.
Voltemos ao DNA da Igreja primitiva, voltemos lá nos patriarcas e aprendamos com Pedro, Thiago, João, Paulo, Barnabé e outros. Deixemos de lado a mutação deste século enquanto existe tempo de recuperação, ou então o que virá pelas próximas gerações poderá gerar danos irrecuperáveis à Igreja. O atual quadro de mutação mostra que em poucos anos, novidades e outras já previstas serão inseridas no contexto da Igreja como: a inserção do chip do 666, as obrigações por lei de casamento fora dos padrões bíblicos, o armamentismo dos cristãos, o cerceamento dos direitos paternos pelo Estado entre outras aberrações que virão. A mutação é o pecado que de formas sutis adentram às casas cristãs. Ela vai continuar, só não sei até quando, mas pode ser que dure até a volta de Jesus para buscar uma Igreja que permaneceu firme, que não se corrompeu - uma Igreja Fiel.

Por Josué Oliveira - Pastor da Igreja Cristã Esperança Divina

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